TIPOS DE VIDROS
O vidro é um material nobre por excelência, cada vez mais presente no uso da construção civil. Sua presença é marcante tanto em edificações mais simples como em empreendimentos de grande porte, sendo sinónimo de luz e de comunicação das quais o Homem tem necessidade, pois permite proteção e isolamento termo acústico dos mais variados ambientes.
É símbolo de modernidade arquitetônica desde o século XIX, o vidro é igualmente um material "tecnologicamente avançado", funcional e refinado, podendo-se tirar partido das suas qualidades de transparência de forma plena ou discreta. Trata-se de um material versátil e muito moderno, beneficiando nestas últimas décadas de forma acentuada para a melhoria do conforto do lar, pela sua diversidade e das suas funções, a sua vertente em crescimento de aplicações interiores, proporcionam hoje ao projetista uma maior liberdade para colocar em prática uma verdadeira arquitetura de luz, que satisfaz plenamente todas as exigências do conforto moderno em nossos lares e nas suas diversas utilidades.
Existem vários tipos de vidro, sendo conhecidos pelo vidro comum, vidro temperado, vidro laminado, vidro serigrafado.
Vidro Comum
O vidro comum é o menos resistente de todas as opções no mercado, bastante comum em pequenas janelas e o seu principal benefício é o custo, sendo ele o mais barato. Tem como característica ser muito pouco resistente a impactos, pois estilhaçam com mais facilidade.
Vidro Temperado
(Em conformidade com a norma EN 12150)
O vidro temperado é o vidro que passou por tratamento térmico (têmpera) ou químico para modificar suas características como dureza e resistência mecânica. É mais rígido, tendo uma maior resistência térmica e se estilhaça em pequenos fragmentos quando é danificado. Devido às suas caraterísticas, o vidro temperado ao ser quebrado se estilhaça em inúmeros pedaços pequenos, que o torna muito menos suscetível a causar ferimentos nas pessoas, uma vez que a sua capacidade de corte é muito baixa. É de grande utilidade em termos de segurança e normalmente utilizado em janelas de automóveis, pratos, copos, prateleiras de frigoríficos, portas, montras, resguardos de duches e banheiras, guardas de varanda, e de escada, entre muitas outras utilidades existentes.
A sua fabricação é normalmente feita a partir do vidro comum (não temperado), a partir de um processo térmico, que é aquecido a uma temperatura em torno de 700 ºC superior à sua temperatura de transição vítrea (Tg) que é a propriedade do material onde podemos obter a temperatura da passagem do estado Vítreo para um estado de amolecimento, sem sofrer qualquer mudança estrutural. Logo após, sofre um arrefecimento de ar frio de alta pressão, que são acionados sobre a superfície do vidro a partir de bocais localizados em posições que promovem a taxa de resfriamento na superfície muito maior do que em seu interior. As paredes do vidro solidificam completamente e volta à temperatura ambiente e terá acumulado um estado interno de tensão e compressão simultâneas.
Todas as manufaturas que seja necessário realizar num vidro, como entalhes, furos , arestas, entre outros devem ser feitas antes de se realizar o processo térmico, uma vez terminado, qualquer ação de manufatura origina a sua rotura. Havendo "rotura espontânea", uma vez que o vidro é um material que se fabrica a partir de matérias primas de origem mineral natural, (areias, dolomita e a calcite), é intrínseca aos vidros temperados que pode ser descrito como a existência de impurezas de sulfureto de
níquel (NiS), que ao aquecer acima de determinadas temperaturas não muito elevadas
origina tensões pontuais nos vidros e provoca as chamadas "roturas espontâneas".